44 DOSSIER BOMBAS DE CALOR Bombas de calor: um contributo para a descarbonização Desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, a União Europeia (UE) tem antecipado os planos de expansão das energias renováveis e de aumento da eficiência energética, não só para acelerar o afastamento dos combustíveis fósseis russos como para aumentar o ritmo da descarbonização, tão necessária. A eliminação progressiva até 2050 dos gases fluorados, utilizados em vários equipamentos AVAC-R, incluindo as bombas de calor, trazem desafios ao setor. Celeste Campinho, presidente da Direção da AIPOR - Associação dos Instaladores de Portugal No âmbito da estratégia ‘RePowerEU’ a Europa tem por objetivo duplicar a taxa de implantação de bombas de calor nos edifícios e instalar mais 10 milhões até 2027, segundo dados da Horizon, a Revista de Investigação e Inovação da UE. É também importante recordar que na Europa os edifícios representam 40% da procura de energia e 36% das emissões de CO2, o principal gás com efeito de estufa. De acordo com o Eurostat, cerca de metade da energia consumida na UE destina-se ao aquecimento e à refrigeração e mais de 70% continua a ser proveniente de combustíveis fósseis, principalmente do gás natural. As bombas de calor assumem, neste contexto, um papel muito importante na estratégia do combate às alterações climáticas, mas também no que respeita ao contributo decisivo que podem ter na descarbonização da sociedade, pela utilização nestes equipamentos, cada vez mais, do fluido verde, R290. EFICIENTE EM INÚMERAS APLICAÇÕES A bomba de calor utiliza recursos naturais (ar, água, terra) para fornecer não só aquecimento, mas também arrefecimento e água quente sanitária (AQS) durante todo o ano. É a
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