BI330 - O Instalador

19 AVAC A associação alerta para o facto de que se as vendas anuais se mantiverem a este nível (três milhões por ano), serão instaladas cerca de 45 milhões de bombas de calor até 2030 - cerca de 25% menos do que os objetivos da UE2. A análise dos números indica que este valor é o equivalente a cinco anos de vendas de bombas de calor às taxas atuais. Na prática significa que a UE perderia potenciais investimentos e o crescimento líquido zero do setor. Seria também uma oportunidade perdida para evitar emissões de cerca de 70 Mt de CO2, aproximadamente a produção anual de CO2 da Roménia. Mélanie Auvray, gestora de Políticas da Associação Europeia de Bombas de Calor, faz uma avaliação da situação. A executiva refere que “com mais de 250 fábricas na Europa, cada bomba de calor vendida e instalada é um impulso para o setor europeu das tecnologias limpas e para a sua competitividade. Garantir que continuamos a desenvolver o setor contribuirá para a nossa independência energética, bem como para o nosso caminho para uma economia líquida zero. O Plano de Ação para as Bombas de Calor (que está atrasado) é um instrumento crucial para estabilizar o setor e aproveitar os benefícios que oferece. A nova Comissão Europeia tem de o publicar rapidamente". Segundo a EHPA as principais razões para o abrandamento são a alteração das políticas e dos regimes de apoio. Este facto pode ser claramente observado em exemplos contrastantes como os Países Baixos, onde as políticas estáveis impulsionaram o crescimento, e a Itália, onde uma alteração importante do regime de apoio desestabilizou a confiança dos consumidores. Outra razão fundamental é o facto de os preços do gás se tornarem mais baratos em comparação com os da eletricidade, cujas faturas são muitas vezes fortemente tributadas. Os impostos e as taxas deveriam ser transferidos da eletricidade. A análise dos dados recolhidos pela EHPA revela que comparativamente, os países que registaram o maior crescimento foram a Alemanha (161 mil bombas de calor adicionais vendidas em comparação com 2022, +58,5%), a Bélgica (+43 mil, +72,2%) e os Países Baixos (+50 mil, +43,4%). Os maiores declínios foram registados pela Itália (queda nas vendas de 298 mil bombas de calor ou -44,1%), Finlândia (-78 mil, -41,9%) e Polónia (-78 mil, -38,8%). Em termos de parque de bombas de calor (ou seja, todas as bombas de calor instaladas) por 1.000 agregados familiares, a Noruega lidera com 635, seguida da Finlândia com 512 e da Suécia com 438. No outro extremo está a Hungria, com 12 bombas de calor por 1 000 agregados familiares, o Reino Unido, com 15, e a Eslováquia, com 30. Atualmente, o setor europeu das bombas de calor proporciona cerca de 170 mil empregos diretos e existe um enorme potencial de crescimento. As bombas de calor instaladas na Europa evitaram a emissão de 58,4 Mt de CO2 nos últimos 20 anos, 7,3 Mt no ano passado. n A EHPA atualizou a sua metodologia de cálculo das vendas de bombas de calor ar-ar para a tornar mais precisa. Isto significa que há uma ligeira alteração nos números em comparação com as versões anteriores. 1 Os 21 países são 18 membros da UE, mais a Noruega, a Suíça e o Reino Unido. 2 O número de 60 milhões de bombas de calor até 2030 está incluído na avaliação de impacto da Comissão Europeia para o objetivo climático de 2040 (ver gráfico 44).

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