41 PERFIL FACHADAS: EFICIÊNCIA E DESIGN não escapa às suas consequências. “Os nossos edifícios são naturalmente castigados com as variadas intempéries”, consta Luciano Peixoto, que acrescenta que esta realidade faz comque a questão térmica seja umas das principais preocupações dos portugueses quando estão a estudar a solução ideal para a sua fachada. A par disso, a durabilidade, a questão estética e amanutenção são outras preocupações a ter em conta na escolha da solução/material. A VANTAGEM DAS FACHADAS VENTILADAS “Nos últimos tempos tem-se assistido a uma série de inovações no que diz respeito às fachadas”, afirma o responsável pela Casa Peixoto, acrescentando que uma das que tem ganho mais quota de mercado e que a empresa considera ser “amelhor solução para os nossos edifícios” é precisamente a utilização de fachadas ventiladas. Mas em que consistem exatamente? “Fachada ventilada consiste num revestimento exterior suportado numa substrutura (normalmente sistema de perfilaria) separado da estrutura da habitação, permitindo a circulação do ar entre as duas camadas. Esta inovação ajuda a melhorar a performance térmica do edifício, aumentando a eficiência energética e preserva a vida útil do revestimento exterior, impedindo infiltrações e acumulação de humidade”, explica Luciano Peixoto. José Neves acrescenta que a fachada ventilada é uma solução por excelência no que diz respeito ao isolamento de humidade. “A sua câmara de ar funciona como túnel de convexão obrigando assim as humidades a “subir” rapidamente por trás da fachada, sendo depois expulsas deixando de haver contato como edifício”, diz. Adicionalmente, acrescenta, são uma excelente barreira acústica, são extremamente simples de manter, dão-nos a possibilidade de mudar a estética do edifício sem recorrer a grandes obras de remodelação, tudo isto com recurso a soluções criativas infindáveis e, a cereja no topo do bolo, a possibilidade de poder produzir energia com os nossos painéis fotovoltaicos. No caso específico da Casa Peixoto, a empresacomercializavárias soluçõespara fachadas dos edifícios, nomeadamente asmais comuns, como o sistema ETICS, revestimentos cerâmicos ou compósitos (cimentícios, compostos de alumino, etc.). Questionada sobre as vantagens do sistema, a empresa aponta o baixo custo de investimento, com a contrapartida da fragilidade face ao impacto e manutenção da fachada. “Uma solução emcerâmico, sendo este umgres-porcelanico, amanutenção é quase nula, a absorção e adilataçãobastantebaixa faz comque seja uma soluçãomais atrativa numa ótima de investimento a médio e longo prazo”, refere a Casa Peixoto. A STO, por seu lado, no ano passado apresentou uma novidade aomercado: fachadas ventiladas com painéis fotovoltaicos integrados. Uma solução que, segundo a empresa, permite que a fachada do edifício funcione como se fosse uma central elétrica para ganhar autossuficiência e reduzir o consumo energético. “O StoVentec Photovoltaics Inlay, sistema especialmente indicado para edifícios multifamiliares, não só isola termicamente o edifício, como o transforma num gerador de eletricidade de alto rendimento, superando emquase 40%a eficiência dosmodelos até agora utilizados”, afirma José Neves. E a verdade é que já começa a haver (muita) procurapor este tipode fachadas. O responsável pela STO Ibérica Portugal dá o exemplo de um hospital onde a empresaestudouapossibilidadedecolocar 600m2 de uma fachada fotovoltaica. “. Feitos todos os cálculos inerentes, este projeto representavauminvestimentode 300mil euros para o proprietário, sendo queonossoestudode rentabilidade indicava que, no mínimo, esta intervenção demoraria8anos a ser pagapela energia produzida. Este tipo de retorno é absolutamente brutal, já que a capacidade de produção de energia, quer no verão, quer no inverno, levaaqueo investimento sejamais rápido de recuperar. Esta ideia entronca nas preocupações que temos hoje: ter cadavezmais soluçõesquesejam umamais-valia”, constata. n
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