22 PERFIL DOSSIER EFICIÊNCIA ENERGÉTICA O longo caminho para um edificado renovado e preparado para o futuro em Portugal Pedro Palma | João Pedro Gouveia CENSE - Centro de Investigação em Ambiente e Sustentabilidade da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa Todos os anos, repete-se o mesmo. Com a chegada dos primeiros dias de outono, multiplicam-se as notícias na comunicação social dando conta de que grande parte dos portugueses passa frio em casa e não tem recursos para aquecer devidamente as suas habitações, e que Portugal apresenta os piores indicadores de pobreza energética da União Europeia [1,2]. Passa o inverno e o problema cai no esquecimento até o regresso de dias mais frios nos relembrarem que ele continua bem presente e por resolver. O problema crónico de desconforto térmico nas habitações tem sérias consequências para o bem-estar e saúde da população [3]. Embora a atenção mediática sobre este problema se concentre principalmente na época fria, a verdade é que também no verão grande parte da população tem dificuldade em manter uma temperatura confortável na sua casa [4]. Uma das principais causas da pobreza energética é o baixo desempenho energético do edificado residencial. No Pacto Verde Ecológico, a Comissão
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