BJ17 - Novoperfil Portugal

30 PERFIL JANELAS: MERCADO 2024 ANFAJE confia nas empresas do setor para aproveitarem as oportunidades em 2024 Após um ano de intensa atividade e investimento no setor da construção nova e na reabilitação, aliado à reabertura dos programas de apoio à instalação de novas janelas eficientes ("PAE+S 2023" e "Vale Eficiência II") dirigidos aos clientes particulares, o setor das janelas, portas e fachadas eficientes manteve uma tendência de crescimento positivo e de reforço da atividade das empresas. João Ferreira Gomes, presidente da ANFAJE Demonstrando uma enorme resiliência durante os últimos anos para ultrapassar desafios e obstáculos, estamos certos de que o ano de 2024 continuará a ser marcado por importantes oportunidades para o setor e para as suas empresas. Num quadro mais geral, a União Europeia continua a reforçar a sua ambição para que todos os edifícios, a partir de 2050, sejam neutros em carbono. Com este objetivo, os Estados-membros terão de executar os seus planos nacionais para garantir a redução gradual do consumo de energia primária dos edifícios. Tendo em conta as caraterísticas do parque edificado português, este será um enorme desafio para o país e para o futuro Governo, exigindo-se políticas e medidas ainda mais ambiciosas que possam dar resposta às enormes necessidades existentes. Mas será também uma enorme oportunidade para o setor, na medida em que as janelas, portas e fachadas eficientes, pelas suas características técnicas, são essenciais para contribuir para a melhoria do conforto e eficiência energética do parque edificado, tendo em conta as metas definidas na Estratégia de Longo Prazo para a Renovação dos Edifícios (ELPRE) e em outras iniciativas de promoção da sustentabilidade dos edifícios. Por este motivo, a ANFAJE tem acompanhado atentamente a ELPRE, uma vez que esta define um pacote de medidas de melhoria para promover a eficiência energética do parque edificado português, com vista à sua transformação em edifícios NZEB. As medidas da ELPRE atuam ao nível da eficiência energética dos edifícios existentes e compreendem a intervenção nas envolventes dos edifícios, nomeadamente a substituição de janelas antigas por novas janelas mais eficientes. Porém, e de acordo com o 5º Relatório de Progresso de Monitorização da ELPRE, o consumo de energia primária no setor dos edifícios diminuiu cerca de 4,2% e as emissões de CO2 cerca de 44,1%, mas a percentagem de área de edifícios renovados com enfoque na eficiência energética, calcula-se estar perto, apenas, dos 2%, face a 2018. De fato, o relatório acaba por alertar para a necessidade de se reforçar o investimento na reabilitação energética dos edifícios. Por isso, a ELPRE propõe a criação e/ou desenvolvimento de programas de financiamento para a reabilitação, com investimento público e privado, assim como o reforço das políticas de incentivo e monitorização do mercado. O relatório da ELPRE alerta para a necessidade de se reforçar o investimento na reabilitação energética dos edifícios.

RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx