OPINIÃO 50 PERFIL Continuar a investir na formação de novas competências para assegurar a transição digital do setor das janelas João Ferreira Gomes, presidente da ANFAJE Um setor que se pretende mais inovador, mais eficiente e mais sustentável exige profissionais tecnicamente preparados para operar novas tecnologias, com novos materiais e novos processos. Nos últimos anos temos assistido a uma profunda transformação no setor da construção, impulsionada por tendências impactantes como a digitalização, a robotização e a inteligência artificial. Estas mudanças estão também a moldar o presente e a definir o futuro do fabrico e instalação das janelas, portas e fachadas eficientes, exigindo uma adaptação rápida e um reposicionamento estratégico, quer das empresas, quer dos profissionais. Neste contexto, a requalificação dos recursos humanos das empresas assume-se como um eixo central no assegurar das condições de produtividade e competitividade. Para isso, é necessário continuar a reforçar o investimento na formação dos colaboradores em todas as áreas das empresas (gestão, comercial, marketing, técnica, logística, etc.) para garantir que estas estão preparadas para vencer os obstáculos e dificuldades, bem como para aproveitar todos os novos desafios e oportunidades que o futuro próximo nos vai trazer. A formação contínua deve ser encarada como uma aposta e a melhor resposta a todos os desafios das novas tendências. Mas é, sobretudo, no seio das lideranças empresariais que deve nascer a convicção de que o conhecimento é um ativo estratégico. Um setor que se pretende mais inovador, mais eficiente e mais sustentável exige profissionais tecnicamente preparados para operar novas tecnologias, com novos materiais e novos processos. E trabalhar com as ferramentas digitais, compreendendo e aproveitando as vantagens da utilização da inteligência artificial (IA) em algumas áreas das empresas (gestão, administrativa, comercial, marketing, técnico). É verdade que o setor das janelas eficientes é composto, maioritariamente, por PMEs, muitas das quais com estruturas pequenas e recursos limitados. No entanto, essa realidade não pode servir de justificação para a estagnação, sobretudo no que diz respeito ao conhecimento. Pelo contrário: deve ser reforçada a urgência de apostar na qualificação, como ferramenta de diferenciação, competitividade e modernização. A adoção de ferramentas digitais para a orçamentação, gestão de obra, fabrico robotizado ou apoio ao cliente exige profissionais capacitados para operar essas
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