BJ28 - Novoperfil Portugal

PERFIL 49 REPORTAGEM | APAL Nesta missão coletiva, a ligação entre o alumínio e a política energética nacional será reforçada, garantiu Jean Barroca, secretário de Estado da Energia. “Esta iniciativa é um exemplo claro de como o setor industrial português está comprometido com a sustentabilidade, a descarbonização e o diálogo construtivo, pilares fundamentais para cosntruirmos uma indústria mais verde, mais competitiva e mais resiliente”. A reciclagem do alumínio, “que sabemos todos, é leve, é durável, é infinitamente reciclável, poupa até 95% da energia face à produção primária e reduz drasticamente as emissões”, sublinhoa. Mas sabemos também que a produção primária ainda depende de fontes fósseis e, por isso, “o caminho é claro: descarbonizar a indústria do alumínio é também descarbonizar a nossa economia”. Recordando que Portugal já está a construir “uma nova matriz energética, baseada em eletricidade limpa e na qual o hidrogénio verde e o biometano assumem um papel importante”, o governante reiterou o compromisso do Governo com a inovação verde, lembrando que “no setor da energia o alumínio é essencial às estruturas fotovoltaicas, às turbinas eólicas, aos carregadores elétricos, aos condutores e aos sistemas de armazenamento”. Nas palavras de Jean Barroca, “mais do que um metal, o alumínio é um símbolo de resiliência, de inovação e de esperança”. DA DESCOBERTA À REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Moderado pelo jornalista Luís Ribeiro (SIC Notícias), o primeiro painel recordou a viagem de dois séculos de um metal que passou de curiosidade de laboratório a motor da modernidade. Isolado pela primeira vez em 1825 por Christian Ørsted, o alumínio foi durante décadas mais valioso do que o ouro. Com a revolução industrial, democratizou-se e tornou-se sinónimo de leveza, eficiência e inovação. Contando com as participações de Armando Pinto e Rute Fontinha, ambos do LNEC, Bernard Gilmont, da ESTAL - European Association for Surface Treatment on Aluminium, Coby Armar, secretário-geral da QUALICOAT, Felipe Quintá, da Associação Espanhola do Alumínio e José Dias, da APAL, a sessão não só recuperou a história do alumínio, como a das associações e marcas de qualidade que se destacaram no setor nos dois últimos séculos, sublinhando o seu papel na arquitetura e na mobilidade: das janelas e fachadas às estruturas aeronáuticas e aos veículos elétricos. Hoje, 75% de todo o alumínio alguma vez produzido continua em uso — um dado que, por si só, resume a longevidade e circularidade deste material. Com um tom assertivo, José Dias referiu que mesmo com a pressão da concorrência internacional, “a Europa deve manter-se fiel à sua ambição de ser ‘best in class’ em termos de descarbonização e de pegada carbónica”. E, nesse aspeto, a indústria europeia está bastante à frente das restantes áreas geográficas”. Mas “ainda existe um conjunto de oportunidades que podemos explorar”, afirmou. O especialista Bernard Gilmont detalhou o impacto da nova Diretiva de Emissões Industriais, que impõe limites I Painel da Conferência '200 Anos do Alumínio'.

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