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EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFÍCIOS 12 PERFIL CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL E O CONTRIBUTO DOS MATERIAIS COMPÓSITOS Projeto INEGI A indústria da construção é uma das que consome mais recursos e energia, gerando consideráveis impactos ambientais. O desenvolvimento de novos materiais commenor pegada ambiental é, portanto, uma aposta importante para o desenvolvimento sustentável do setor da construção civil, em linha com a tendência para a descarbonização transversal a todos os setores da indústria. Texto: Carla Gomes Gestora de projetos no INEGI na área de materiais compósitos A isto acresce uma crise económica que afetou consideravelmente este ramo, verificando-se, por consequên- cia, um crescimento exponencial na procura de nichos de mercado. Entre estes está o consumidor que valoriza a sustentabilidade ambiental e eco- nómica, criando uma oportunidade de negócio assente na diferenciação a este nível. Uma das soluções possíveis para alcançar a sustentabilidade desejada é o desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias de construção com menores quantidades de materiais incorporados 1,3 . Neste contexto, os materiais compósitos avançados sur- gem como uma resposta promissora, garantindo um elevado desempenho e respondendo eficazmente às exigên- cias da arquitetura e da construção sustentável. SETOR DA CONSTRUÇÃO COMEÇA A ABRIR AS PORTAS AOS COMPÓSITOS Entre as vantagens, podemos contar o seu peso, a possibilidade de pré-fa- bricação, a elevada relação resistência/ peso, as superfícies personalizáveis, o isolamento térmico e acústico, a durabilidade e resistência ao impacto, a integração de peças, e a fácil de reparação e manutenção 2,4 . O setor da construção é, porém, tradi- cional e ainda “desconfiado” quanto à aplicação de materiais recém-desen- volvidos. Razão pela qual é importante desenvolver e validar soluções através de planos experimentais e produção de protótipos. Outro obstáculo à adoção de com- pósitos é o peso da infraestrutura de produção industrial inicial, uma vez que a sua utilização ainda não é comum o suficiente para tornar o investimento viável. A adaptação de infraestruturas já usadas noutros setores com elevados parâmetros de qualidade, como a aeronáutica, por exemplo, pode ser uma solução. Paralelamente, há ainda a questão da dimensão legal e regulatória, que se revela, por vezes, inadequada para as novas realidades impulsionadas pelos materiais compósitos. Mas também

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