BJ5 - Novoperfil Portugal

31 PERFIL JANELAS: MATERIAIS mações que podem ser importantes na seleção da janela certa para um determinado projeto. Uma das caraterísticas mais rele- vantes a analisar e comparar é o Uw (Coeficiente de transmissão térmica da janela, W/m 2 C). Este parâmetro engloba o desempenho térmico, não só do vidro e do caixilho, mas também do perfil intercalar e depende naturalmente da qualidade destes componentes e da relação entre eles. Por exemplo, para o mesmo tipo de caixilho e vidro, e aumentando a proporção de área de caixilho, o valor de Uw (normalmente) aumenta, diminuindo o desempenho da janela e, quase sempre, aumen- tando o seu custo. Os caixilhos mais comuns são cons- truídos em PVC, alumínio e madeira e atualmente quase sempre com corte térmico (sistema no interior da caixi- lharia que melhora o seu desempenho térmico). Os vidros devem ser de baixa emissividade e podem ser duplos ou triplos preferencialmente com várias espessuras, com dimensões da câma- ra-de-ar e espaçadores diferentes e com vários tipos de gás entre eles. Estas especificidades vão influenciar o desempenho do vidro e, por sua vez, o valor de Uw que deverá ser o mais baixo possível, pois este parâme- tro representa a quantidade de calor que pode atravessar a janela (vidro e caixilho) por m 2 e por grau Celcius. Num projeto Passive House um dos principais pilares é a estanquidade ao ar. As janelas a usar numa Passive House devem garantir os requisitos mínimos de permeabilidade ao ar e ser devidamente instaladas. Desta forma, é possível que o ensaio de estanqui- dade ao ar, ou ‘blower door test’, a realizar obrigatoriamente em Passive Houses, seja ultrapassado com sucesso, ou seja tenha um valor máximo de 0.6 renovações de ar por hora numa pressão média de 50Pa (n50 < 0.6 rph). Outro aspeto importante numa Passive House é garantir o conforto, não só o térmico, mas também acústico e de qualidade do ar interior. Por isso é fundamental que a janela selecionada tenha um bom desempenho acústico (Rw -Índice de redução acústica da janela, medido em dB), ou seja, per- mita isolar os sons aéreos exteriores. Este não é um requisito de exclusão de uma janela, mas deve ser avaliado na seleção da solução final. Felizmente, o Passive House Institute tem janelas certificadas em Portugal, sistemas de janelas de elevado desempenho que várias empresas comercializam no mercado nacional. Aliás, atualmente há já em Portugal vários edifícios Passive House de ele- vado desempenho (de vários usos - residenciais, escritórios e turísticos) com janelas Passive House cujos for- necedores são parceiros da Associação Passivhaus Portugal. A Associação tem promovido vários workshops onde estes parceiros podem divulgar as suas soluções de mais elevado desempenho e que vão ao encontro das exigências da uma janela Passive House. Estes workshops, bem como outras ações da associação com os diversos parceiros, visam pro- mover o esclarecimento dos técnicos que atuam nesta área, mas também do cidadão em geral. Felizmente não são apenas janelas, há hoje nomercado soluções técnicas, quer de materiais, quer de equipamentos certificados que apresentamdesempe- nhos comprovadamente compatíveis com os níveis de exigência da Passive House. Construir uma Passive House emPortugal não temde ser mais caro ou mais difícil que fazer um edifício convencional. Aliás, o nosso País tem tudo para construir e reabilitar sob o standard Passive House e fazer a neces- sária transição do parque edificado para elevados níveis de desempenho. Vamos construir o futuro que quere- mos. Nós queremos Passive House Para Todos! n Perfis intercalares com certificação Passive House. Passive House com janelas de caixilharia em alumínio. Caixilhos com certificação Passive House.

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