49 PERFIL EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFÍCIOS No caso dos edifícios que apresentam necessidade de aquecimento e arrefecimento, o sistema mais eficiente será a colocação de uma bomba de calor, devendo juntamente com este equipamento, proceder-se à instalação de painéis fotovoltaicos, reduzindo- -se, assim, o peso do consumo de energia deste tipo de equipamento. Em alternativa, poderemos sempre colocar dois sistemas, um para aquecimento, neste caso poderá optar-se por uma caldeira a pellets ou um recuperador de calor com caldeira que permite o aquecimento através de radiadores. Estas duas soluções, ambas têm um consumo de energia não renovável quase nulo, uma vez que os pellets e a lenha são considerados energia renovável. Neste caso, o equipamento a colocar apenas para arrefecimento passaria sempre pela colocação de ar condicionado, será o equipamento com um rendimento mais elevado apesar do consumo de energia associado. No entanto, nas diretivas para os edifícios NZEB, as mesmas promovem a instalação de sistemas de produção de energia que permitam aos edifícios, com a produção destes sistemas, fazer um autoconsumo, deixando de estar dependente da rede de distribuição de energia pública. Neste sentido, nos edifícios futuros, independentemente dos sistemas preconizados para o edifício, tanto ao nível de climatização como no AQS, devem sempre incentivar a instalação de painéis fotovoltaicos. Com a produção gerada por este sistema, iremos para além de suprimir os consumos dos equipamentos de climatização e AQS, podendo ainda, eventualmente, suprimir os consumos de energia associados ao normal funcionamento do edifício. CONCLUSÃO Para que consigamos atingir os objetivos a que nos propusemos, para além de toda a intervenção no campo edificado, com a introdução de melhorias ao nível da envolvente bem como na colocação de equipamentos de produção energia para autoconsumo, temos um percurso longo pela frente no que diz respeito aos novos edifícios. Efetivamente, no caso dos edifícios novos, o desafio começará nas mãos do projetista de arquitetura com a boa implantação e definição do edifício de forma a promover, uma boa orientação solar, a qual, permitirá uma otimização dos ganhos solares bem como a iluminação natural do próprio edifício, passando depois para os projetistas de engenharia que, com uma boa análise do edifício, irão perceber quais as necessidades do mesmo, delineando assim toda uma estratégia para que possam implementar as medidas e soluções mais eficientes para que possamos então atingir o grande objetivo que é um edifício NZEB. n
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