52 PERFIL JANELAS Janelas eficientes Bruna Morais Técnica da iniciativa CLASSE+ na ADENE - Agência para a Energia RESUMO Edifícios com isolamento de fraco desempenho ainda são uma realidade, sobretudo nos edifícios mais antigos. Muitos portugueses são afetados pela ineficiência energética das suas habitações que resultam de deficiências na construção ao nível da envolvente dos edifícios. Relativamente às janelas do parque edificado, a existência de soluções não eficientes ainda é significativa, sendo que mais de 50% dos envidraçados são constituídos por vidro simples. O uso destas janelas leva a uma perda da energia utilizada para climatizar a habitação, aumentando o consumo de energia e reduzindo o conforto térmico das casas. O IMPACTO DA INEFICIÊNCIA DOS ELEMENTOS DA ENVOLVENTE DO EDIFÍCIO Cerca de 74% dos portugueses consideram as suas casas frias no inverno, recorrendo a equipamentos de aquecimento, e consideramque para manter o conforto da habitação, existe um aumento, quase do dobro, no consumo de energia. Apenas 1%dos portugueses considera a sua casa termicamente confortável, razão pela qual os gastos de energia para colmatar as necessidades de aquecimento são tão elevados (Relatório do PCS – Portal da Construção Sustentável). Em 2003 foram publicados os resultados de uma investigação realizada pela Universidade de Dublin que concluiu que Portugal é um dos países da União Europeia commaior mortalidade associada à falta de condições de isolamento e aquecimento nas casas, sendo a população sénior a mais afetada. A energia mais barata e mais sustentável é a energia que não se gasta. Para seguirmos essamáxima, é importante a existência de instrumentos eficazes e a operacionalização de políticas públicas que mobilizem o setor da reabilitação dos edifícios numa vertente mais sustentável, apostando na envolvente e em soluções passivas de eficiência energética, para que se consiga alcançar o conforto térmico sem aumento de consumos energéticos, contribuindo ainda para o conforto acústico.
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