BM11 - InterMETAL

30 LASER optou pelo método de seccionamento de luz porque oferece uma resolução significativamente maior que a tomografia de coerência ótica (OCT) mais complexa. Para avaliar a importância destes dados, a Audi averiguou como a potência do laser e a posição de foco influenciam a força de tração e a resis- tência ao contato. A força de tração era alterada conforme a potência do laser, enquanto a resistência de contato entrava num intervalo de saturação após um certo tempo - ambos com a variação da potência do laser e a posição de foco. A Audi também uti- liza os dados do monitor para uma análise detalhada da IA. Estes passos assinalamo caminho para uma fábrica inteligente com um circuito de con- trolo em tempo real, onde a cadeia de processos completamente contí- nua é operada e regulada de forma automatizada. É NECESSÁRIO UM CONHECIMENTO PROFUNDO DO PROCESSO Para Reiner Ramsayer, especialista chefe em tecnologia de união e dire- tor do grupo de processamento de materiais por laser da Robert Bosch GmbH (Renningen), omais importante é aumentar a produtividade e redu- zir os custos. Em ambos os casos, há muito a dizer sobre o laser, que Ramsayer descreve como altamente flexível e amplamente aplicável. Antes de o podermos uti- lizar na produção em série, diz, é necessário estabelecer uma super- visão e um controlo fiável do processo. Ramsayer explica: “Como existe um número muito elevado de soldadu- ras por componente, a fiabilidade é uma questão muito importante. Ao fim e ao cabo, na eletrificação neces- sitamos de processos laser rentáveis que sejam rápidos, precisos e sem salpicos”. Para complicar um pouco mais as coisas, acrescenta, a cadeia de processos de muitos componentes é bastante complexa. Neste caso, a Bosch segue a mesma estratégia que nos veículos commotor de combus- tão interna: Apenas um conhecimento profundo de cada um dos processos, assim como o conhecimento e aná- lise precisa dos requisitos do produto, otimizam os processos de fabrico. Ramsayer descreve a soldadura das forquilhas dos motores elétricos como umdesafio típico: A Bosch aposta num processo sem salpicos, reproduzível, rápido e rentável baseado em scan- ner, onde os lasers verde e azul são a opção óbvia - para além das fontes habituais dos raios infravermelhos – já que o cobre tem uma maior absorção. No entanto, independentemente do tipo de fonte de feixe, a entrada na produção de grandes volumes apenas terá sucesso comuma supervisão ade- quada do processo. Para tal, contudo, o utilizador deve transferir os resulta- dos do funcionamento em laboratório para a produção em série, onde mui- tas vezes existem surpresas, como o aparecimento esporádico de defeitos, por exemplo. Portanto, não basta ape- nas supervisionar o processo laser em laboratório; além disso, é necessário analisar comprecisão a capacidade do processo e introduzir um sistema de gestão de qualidade. Acima de tudo, garantir a qualidade em linha e em tempo real é um desafio particular com os processos de soldadura de ciclo muito rápidos, afirma Ramsayer. LINHAS DE PRODUÇÃO PARA SUPORTE DE BATERIAS Mauritz Möller, diretor do setor automó- vel da Trumpf Laser-und Systemtechnik GmbH (Ditzingen, Alemanha) des- A tecnologia de scanner inteligente e de alta resolução também é necessária para a soldadura laser na mobilidade elétrica, já que permite medir a distância até à peça, detetar a posição do componente e supervisionar o processo em tempo real. Foto: Precitec. Reiner Ramsayer, especialista em tecnologia de união e diretor do grupo de processamento de materiais por laser da Robert Bosch em Renningen, Alemanha: “Na eletrificação necessitamos de processos laser rentáveis que sejam rápidos, precisos e sem salpicos”. Foto: Robert Bosch GmbH.

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