BM11 - InterMETAL
43 I&D O índice do preço das matérias-primas não energéticas do Banco de Portugal [1] mostra, em agosto de 2021, aumen- tos de 152% relativamente ao mínimo alcançado em abril e de 53% face a fevereiro de 2020, antes do início da crise. No campo dos metais e mine- rais, os preços são 67% superiores aos de fevereiro de 2020. Como agravante, observamos ainda o fenómeno dos transportes marítimos. A juntar aos preços que quadrupli- cam, as empresas lidam com a falta de contentores, mercadorias reti- das em portos por falta de ligações, e atrasos de meses na receção de encomendas. Todo este descontrolo nas cadeias logísticas afeta não só o abastecimento como as exportações e alastra ao longo das cadeias de valor, em efeito dominó. A Ferral insere-se num setor forte- mente afetado por estes desafios, tendo, porém, mantido foco na ino- vação dos seus produtos. Esta aposta, como comprovou a Ferral, é imprescin- dível na estratégia de crescimento de qualquer empresa que procura obter vantagens competitivas de mercado e melhor atender às necessidades dos clientes. Em estreita parceria com o INEGI, Centro de Interface Tecnológico (CIT) vocacionado para a realização de ati- vidades de investigação e de inovação de base tecnológica, a Ferral está a desenvolver novos produtos e siste- mas, com o objetivo de acrescentar valor ao seu catálogo de produtos. Fortalecer o portfólio de produtos, repensar produtos já existentes, ou melhorar a escolha de matérias-pri- mas e componentes, são iniciativas importantes para criar valor acrescen- tado. Neste sentido, a Ferral procura fazer um 'upgrade' à sua linha de produtos profissionais, e está a desen- volver produtos assentes na eficácia dos sistemas e eficiência dos seus recursos, matérias-primas, recursos humanos e logística. Novos conceitos de fixação, arrumação e fecho, maior segurança e intuição na manipulação dos produtos articulados, e sistemas telescópicos disruptivos, são algumas das novidades. PROCESSO ABRANGEU GERAÇÃO DE CONCEITOS ATÉ À PROTOTIPAGEM E ENSAIO O INEGI respondeu a este desafio apoiando todas as etapas de desen- volvimento de produto. Começando pela conceptualização e idealização, a equipa multidisciplinar do instituto procurou pensar o pla- neamento estratégico do produto, e definiu ‘KPIs’, objetivos e requisitos com base em estudos das necessidades e tendências do mercado e seus ‘sta- keholders’, e com base nas normas e regulamentos deste tipo de produtos. Nesta fase, as equipas pensaram em novas soluções, com total 'liberdade' conceptual e de design, debatendo e argumentando, principais funções, prós e contras das soluções. De forma 'grosseira' foram desenhados, em soft- wares de modelação 3D, as soluções para primeira visualização do conceito e suporte aos workshops de discus- são técnicos. Nestes workshops, a Ferral e o INEGI avaliaram as novas soluções, conside- A Ferral procura fazer um 'upgrade' à sua linha de produtos profissionais, com novos conceitos de fixação, arrumação e fecho, maior segurança e intuição na manipulação dos produtos articulados, e sistemas telescópicos disruptivos.
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