ENTREVISTA 21 mentos um pouco acima da média e a recorrer a mão de obra imigrante, conseguindo assim colmatar essa falha. Em termos gerais, as empresas do setor (quer fabricantes de componentes, quer integradores) estão bem equipadas? Existe, por exemplo, investimento em corte laser, soldadura robotizada, soluções de digitalização? As empresas do setor das duas rodas, não todas, mas na sua grande maioria, estão bem equipadas e respondem aos mais elevados standards mundiais. Temos por exemplo, empresas que são únicas na soldadura de alumínio e só o conseguem fazer com perfeição porque têm tecnologias inovadoras como o corte laser ou o hydroforming. Neste âmbito, um elevado número de empresas do setor apostou numa Agenda Mobilizadora do PRR [Agenda Mobilizadora para a Inovação Empresarial do Setor das Duas Rodas (AM2R)] que prevê o investimento de mais de 210 milhões de euros na qualificação do setor, na aproximação aos centros de conhecimento e na melhoria dos produtos que são fabricados em Portugal. Eu diria que temos uma realidade interessante, mas estamos apostados em melhorá-la ainda mais. Tecnologias como o fabrico aditivo são cada vez mais usadas para produzir peças complexas, ou à medida, com significativas poupanças de tempo e de custos commatéria-prima. As empresas nacionais também estão a investir nesta área? Esse tipo de tecnologia é dispendioso e, por norma, apesar das bicicletas poderem atingir valores muito altos, o preço dos seus componentes é baixo e não justifica o investimento. No entanto, a nossa intenção é passar a disponibilizar essa e outras tecnologias no Centro de Interface Tecnológico que estamos a construir, no âmbito da AM2R. Dessa forma, a empresas poderão testar os equipamentos antes de decidirem comprá-los. Em que fase está o CIT? Já foi criado, já tempessoas a trabalhar e, portanto, estamos em plena fase de arranque, com todas as vicissitudes dos novos projetos. É uma iniciativa que está a gerar bastante atenção por parte do mercado e, por isso, acreditamos que nos vai permitir ajudar o setor a dar um salto qualitativo importante. Além do fabrico aditivo, que outras valências terá o Centro? Um dos nossos objetivos passa pelo desenvolvimento de novos materiais, não só internamente, mas também em conjunto com as Universidades e com outros Centros de Tecnologia. A bicicleta é um produto que pode ainda ser muito melhorado. Acreditamos que as nossas cidades vão exigir uma bicicleta diferente das que existem hoje, que ofereça uma experiência cada vez mais prazerosa ao utilizador. E isso só é conseguido através de materiais inovadores, como os biomateriais ou os polímeros. Mas a valência do BIKiNNOV, o organismo criado para gerir o CIT, irá muito mais além, estando próximo das empresas e procurando as melhores soluções para que o setor continue a crescer. Qual éoprazopara a conclusãodaAgendaMobilizadora AM2R? As agendas mobilizadoras têm de ter os projetos concluídos até 31 de dezembro de 2025 e estamos certos que, nesse momento, o setor das duas rodas português será (ainda) mais forte. n "O setor vive uma realidade interessante, mas estamos apostados emmelhorá-la ainda mais" Isentos demanutenção, robustos e leves Componentes em polímero de elevada performance As soluções dry-tech® são ideais para a indústria de bicicletas devido à isenção de lubrificação e manutenção. Casquilhos resistentes ao desgaste para os pedais e amortecedores, anéis-guia para os espigões do selim e garfos da suspensão, guias lineares de baixo peso para bicicletas de carga e muitas outras aplicações que pode ver no nosso website. igus® Lda. Tel. 22 610 90 00 (chamada para a rede fixa nacional) info@igus.pt motion plastics® Baixa manutenção Semmetais Sustentável Resistente Única PT-13xx-igus bike 85x125_CC (GS).indd 1 23.02.23 09:22
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