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24 AUTOMÓVEL Indústria automóvel vai conhecer uma “reconversão violenta” nos próximos anos Esta é a conclusão de António Melo Pires, consultor com vários anos de experiência na indústria automóvel em Portugal e no Brasil, na apresentação que fez no XI Congresso da Indústria dos Moldes, decorrido nos dias 17 e 18 de março, em Oliveira de Azeméis, sob o lema ‘Moldar (n) um mundo em mudança’. Hélder Marques Na opinião de António Melo Pires, a mudança de paradigma na indústria automóvel vai fazer sentir-se emquatro fatores fundamentais: no produto, cuja conceção vai mudar; na forma como os mercados vão reagir; no novo paradigma demobilidade e nas mudanças dos hábitos do consumidor. No que diz respeito ao produto, a sua evolução vai girar em torno de “quatro grandes tendências: eletrificação, conectividade, reforço da tendência dos três R (reduce, recycle, reuse) e condução autónoma”. António Melo Pires dá o exemplo das baterias de iões de lítio atualmente em uso, com uma densidade de 200 kw/h. Para poderem vir a ter um mínimo de autonomia, a rondar os cerca de 450 quilómetros, que as tornem competitivas em relação aos veículos a gasóleo/gasolina, as baterias precisam de ter uma densidade energética de cerca de 500/600 kw/h. Para veículos pesados, essa densidade tem que ser de cerca de 1200 kw/h. Um objetivo que António Melo Pires acredita vir a ser atingido no próximo ano a ano e meio, com a tecnologia atual, e nos próximos três a quatro anos, com as novas baterias de estado sólido. Estas alterações nas baterias dos automóveis vão ter, e têm vindo a ter, um impacto no aumento no peso dos veículos, devido à maior incorporação de tecnologia, mas também ao aumento da dimensão por questões de conforto e segurança. Hoje, um carro de O XI Congresso da Indústria de Moldes contou com cerca de 400 participantes de mais de 100 empresas e entidades.

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