BM25 - InterMETAL

69 ROBÓTICA E AUTOMATIZAÇÃO Logo atrás, 50,2% das empresas inquiridas investem em tecnologia para aumentar a produtividade e satisfazer uma procura crescente, com o objetivo de agilizar as operações e aumentar a eficiência. Para 48,7%, é a vontade de melhorar a precisão e reduzir erros nos processos de produção que determina a sua estratégia de incorporação de tecnologia. Os dados refletem, portanto, o compromisso da indústria em aproveitar a tecnologia para alcançar maior desempenho e competitividade no mercado. 3. OS FABRICANTES PRIORIZAM A FACILIDADE DE USO E A FIABILIDADE À medida que a automatização e a IA ganham terreno em todos os setores, os fabricantes priorizam a facilidade de uso como fator-chave na hora de decidir em que novas tecnologias investir. 47% afirmam que o mais relevante é que as tecnologias sejam fáceis de integrar e manejar. Logo em seguida (44,4%) vem a fiabilidade. Para os fabricantes, também é importante que a tecnologia seja flexível e modular (30,7%). A sustentabilidade (26,1%), uma implementação rápida (24,8%) e a possibilidade de realizar uma manutenção preditiva (24,5%) são outros fatores que têm em conta. O estudo da Universal Robots conclui que é lógico que, na hora de investir, os fabricantes se concentrem em vários fatores e tecnologias capazes de funcionar em conjunto. 4. O RETORNO DO INVESTIMENTO, PRINCIPAL PREOCUPAÇÃO Com tanto a ganhar com a automatização, quais são os fatores que ainda estão a dissuadir os fabricantes de investir em tecnologia inovadora? Para 32,9% dos inquiridos, o retorno do investimento (ROI) é a principal preocupação, e é por isso que os fabricantes dão prioridade aos investimentos que prometem o máximo valor. Outros fatores que travam o investimento são a preocupação com as dificuldades de usabilidade e a falta de experiência interna, preocupações que afetam 21,5% dos inquiridos. Também impedem o investimento as dificuldades relacionadas com a segurança (21,1%) e a possível interrupção dos processos manuais (21,1%). Por estas razões, a rápida integração, a fiabilidade, a facilidade de utilização, a precisão e a flexibilidade são fatores que as empresas têm em conta na procura da máxima rentabilidade. Com um retorno do investimento próximo de um ano e uma rápida integração que normalmente não requer infraestruturas de segurança adicionais, a robótica colaborativa tem alcançado numerosos avanços nos últimos anos na eliminação da maioria das barreiras à automatização. 5. IA, ROBÓTICA E DIGITALIZAÇÃO: ALAVANCAS DE CRESCIMENTO PARA OS FABRICANTES Para os fabricantes inquiridos, a IA e a aprendizagem automática (em 56% dos casos), a automação robótica (43%) e os recursos da digitalização, como a IoT, a computação em nuvem e os gémeos digitais (41%), são os principais motores de crescimento a curto e médio prazo. Estes fatores tornam- -nos elementos-chave de investimento durante a próxima década. Nesse sentido, 47,7% dos fabricantes afirmaram que já estavam a considerar investir em IA e aprendizagem automática em 2024 ou 2025; 37,2% irão focar-se na automatização robótica e 36,8% na digitalização. Estas adoções tecnológicas visam melhorar a qualidade do produto, impulsionar a produtividade e sustentar o crescimento a longo prazo. O foco em IA e aprendizagem automática visa otimizar processos e tomada de decisões, enquanto a automação robótica ajuda a agilizar operações e aumentar a eficiência, a qualidade e a produtividade. No que diz respeito à digitalização, os esforços visam revolucionar a gestão e a conectividade de dados, o que pode abrir caminho para ambientes de fabricação mais integrados e ágeis. Este conjunto de tecnologias estará cada vez mais conectado, à medida que as capacidades físicas da IA e a procura por robótica conectada à nuvem e conexões IT/OT crescem rapidamente. 6. COMO AS EMPRESAS PERCEBEM O SEU NÍVEL DE EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA? Quando falamos de capacidades tecnológicas, muitas vezes é difícil saber como nos comparamos com a concorrência. 78% das empresas inquiridas pela Universal Robots classificam o seu nível de evolução tecnológica como intermédio ou avançado. 12% dos fabricantes consideram-se pioneiros na adoção de tecnologia, enquanto 40% se consideram dentro dos 25% mais avançados. No lado oposto, apenas 10% consideram-se parte do extremo menos avançado. À luz destes dados, será verdade que as empresas sobrevalorizam os seus avanços tecnológicos? E, se for esse o caso, que implicações isso tem na forma de abordar a adoção de tecnologias emergentes nos próximos anos? Ou seja, tenderão a relaxar ou, pelo contrário, a sua autopercepção indica um alto nível de confiança na tecnologia que os impulsionará a continuar a investir em novas tecnologias para desenvolver ainda mais os seus negócios? O tempo dirá. Embora os dados da pesquisa possam não fornecer uma resposta definitiva, eles certamente mostram que a IA, a digitalização e a automação estão a caminho de se tornar tecnologias fundamentais para as indústrias do setor transformador. n

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