BO4 - Engeobras

ENTREVISTA 15 do ano com a apresentação da Develon, a nova marca com a qual a fabricante coreana quer dar um novo salto. Fernando Almeida, CEO da Centrocar, fala nesta entrevista sobre como a empresa chega a este 50º aniversário, enfrentando dificuldades com muito sucesso, e o que podemos esperar da Develon no futuro. Como foi 2022 e este início de 2023 para a Centrocar, em termos de vendas? O ano passado foi o segundo melhor ano de vendas do Grupo Centrocar, apenas superado por 2007. Aumentámos as vendas em 11,8 milhões de euros, repartidos igualmente entre África e Ibéria. Em Portugal crescemos 12,5% e em Espanha 10,1%. O primeiro trimestre de 2023 está acima das nossas expectativas nos quatro mercados em que estamos presentes, embora tenhamos notado um abrandamento da procura na Península Ibérica. Que setores tiverammelhor desempenho? Na Península Ibérica, construção e florestal, e em África, obras públicas, minas e agricultura. Como lidaram com os aumentos dos custos e as tensões na cadeia de distribuição? Este foi o nosso maior desafio em 2021 e 2022. De 2018 a 2022, os preços subiram até 30% e foi impossível refletir esse aumento integralmente no mercado. Por isso, fizemos um importante trabalho interno para refinar os nossos processos comerciais de vendas, pós-venda, logística e compras, de forma a absorver a parte do aumento de preço que não foi passado para o cliente e, assim, não comprometer a nossa margem de lucro líquido. A situação da cadeia de distribuição e os prazos de entrega estão normalizados? Não, ainda enfrentaremos muitos desafios nos próximos dois anos. O problema da disponibilidade de componentes permanece e apenas os fabricantes com uma grande percentagem de peças em stock podem geri-lo com maior sucesso. Representammarcas que fazem investimentos significativos em I&D. Como é que o mercado está a aceitar esta crescente incorporação de tecnologia nas máquinas? A aceitação dos clientes é positiva, pois toda essa nova tecnologia melhora a eficiência da máquina ou melhora a eficiência e segurança do operador. Estas melhorias geralmente têm um reflexo no preço. Quando falamos de uma marca líder, os clientes aceitammais facilmente estes aumentos de preço, já que são economicamente fortes. Para marcas mais económicas, os clientes têm mais dificuldade em pagar mais por estes novos recursos, porque são altamente sensíveis ao preço e podem não dar tanto valor ao impacto positivo de custo que a nova tecnologia pode ter. A Centrocar abriu a sua filial em Madrid em 2003.

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