BO5 - Engeobras

ENTREVISTA 19 Quais as vossas expectativas em relação a esta feira, e que motivos vos levam a participar? A Stone sempre foi muito significativa para a STET, quer por se tratar de uma feira especialmente dedicada à indústria extrativa, quer pela localização geográfica. A zona centro do País tem uma indústria extrativa muito importante e, por isso mesmo, é uma área em que apostamos fortemente. A presença na feira permite-nos estreitar laços com os parceiros que temos na região, convidando-os a conhecer os nossos equipamentos mais recentes. Já participam neste certame há muito tempo? Sim, temos vindo a participar ao longo dos anos. A edição do ano passado tinha um enquadramento diferente e, por isso, não participámos. Este ano, a dimensão ibérica que nos foi apresentada foi decisiva para voltamos a estar cá, e com uma presença muito forte. Que equipamentos trouxeram à Stone? Trouxemos uma escavadora dedicada à indústria da pedreira, a Cat 340, de 40 toneladas. É uma das que destacamos da nossa gama para este setor e que está muito bem implementada entre os nossos parceiros. Esta escavadora tem características muito próprias, por exemplo, por ser mais elevada, minimiza o impacto com as pedras no carregamento. Trouxemos também uma pá carregadora Cat 966, desenvolvida para trabalhar no carregamento de terras e indústria extrativa no geral ou apenas no manuseamento de blocos. Além disso, apresentámos equipamentos da nossa representada Sandvik, destinados à reciclagem dos detritos originados na atividade de britagem e tambémmuito usados na indústria da demolição, que hoje é algo obrigatório. Que avaliação faz do estado atual do mercado da extração de pedra? Eu noto que os empresários da indústria têm tido uma perspetiva muito concreta daquilo que pretendem. Vejo que muitos deles já percebem a mais-valia do produto e, além da extração da matéria-prima, têm vindo a investir para entregar ao cliente final um produto trabalhado, com muito maior valor acrescentado. Portanto, acredito efetivamente que, quer o setor, quer o próprio país, tem um grande potencial ainda por explorar. E, de uma forma mais genérica, como avalia o mercado da obra pública? Notamos um ligeiro desacelerar no último trimestre, em virtude, talvez, de alguma incerteza que possa ter acontecido a nível político. Nós estamos muito associados a grandes obras e a indecisão, ou o atraso na decisão de grandes obras como o aeroporto têm, naturalmente, impacto neste mercado. Felizmente, grande parte das empresas de obras públicas são multifacetadas, e como o país não é muito grande, vão-se ajustando ao tipo de obras que existem. Realmente, a atividade nas empreitadas de obras propriamente ditas não está muito dinâmica, mas, em compensação, temos várias empreitadas de pavimentação e de ferrovia em curso. Resumindo, notamos que, na prática, há alguma ocupação, mas simultaneamente algum receio dos empresários em realizar investimentos perante um futuro um pouco incerto. No que respeita ao mercado do aluguer, e tendo a STET este serviço disponível para os seus clientes, têm notado um crescimento? Sim, bastante. Um pouco por tudo o que referi anteriormente. O aluguer é algo que, de alguma maneira, permite às empresas controlar de forma mais efetiva o opex que vão tendo, o que lhes permite ajustar os custos a cada uma das obras. E, se têm picos, podem facilmente solicitar mais uma máquina ou duas em regime de aluguer. Em oposição, se fizerem aquisição dos equipamentos ficam com um custo mais elevado para rentabilizar. Este serviço consegue oferecer alguma versatilidade e flexibilidade aos proprietários. Os vossos equipamentos têm vindo a evoluir tecnologicamente? Sim, têm vindo a desenvolver-se bastante. Diria que estamos, naturalmente, na linha da frente. É feito um grande investimento anual em investigação e desenvolvimento por parte da Caterpillar e, por isso, conseguimos fornecer aos nossos parceiros, através desta dinâmica da tecnologia, soluções que conseguem ser cada vez mais eficazes e eficientes no trabalho que realizam. Especificamente, pode identificar algumas das tecnologias em que estejam a trabalhar? Temos vindo a aplicar muito o que nós chamamos de 'operação 3D'. Hoje, as máquinas quase conseguem operar de forma autónoma, apenas necessitamos de as instruir com as métricas base e elas fazem a escavação com a profundidade que se pretende. Já não existe um desperdício de tempo e de combustível, por escavar de mais ou de menos. Por estarem equipados com balanças, os equipamentos conseguem ir ao pormenor de saber quantos baldes precisam de encher para carregar um camião. Está tudo muito mais facilitado, sempre na perspetiva de uma maior eficácia de operação.

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