BO8 - EngeObras

17 ALUGUER para alcançar este objetivo de descarbonização: empresas de aluguer, clientes e também a administração pública, um agente fundamental não só para a execução de projetos de obras públicas, mas também no domínio dos requisitos e/ou incentivos regulamentares. Do ponto de vista técnico, as empresas de aluguer e os empreiteiros estão a testar e a utilizar cada vez mais soluções de baixas ou zero emissões de carbono, e esta tendência continuará a crescer à medida que as tecnologias avançam, reduzindo assim os seus custos. Algumas empresas já estão a recompensar os seus gestores pela utilização destas alternativas, sabendo que investir nelas agora significará poupanças no futuro. Agora é difícil saber quais as tecnologias que acabarão por prevalecer (eletricidade, hidrogénio verde, biocombustíveis, etc.), não haverá uma solução para tudo (uma máquina compacta não é o mesmo que um equipamento de mais de 50 t, por exemplo), mas o que é claro é que quem não entrar no comboio da descarbonização agora, mais cedo ou mais tarde ficará fora do jogo. TRANSIÇÃO ENERGÉTICA A segunda sessão plenária tratou da transição energética e o primeiro orador foi Pranav Jaswani, da IDTechEx, que abordou a forma como o setor das máquinas de construção está a lidar com este processo em comparação com a indústria automóvel. Salientou que a maquinaria elétrica na construção está em expansão devido aos benefícios financeiros, ambientais e operacionais que oferece (a IDTech estima que 17 000 máquinas elétricas foram vendidas em todo o mundo em 2023), sublinhou como estas versões já podem igualar o desempenho do equipamento a diesel e destacou como a maturidade progressiva destas tecnologias, especialmente das baterias, reduzirá o custo do equipamento elétrico em relação ao diesel (de 50-90% hoje para 15% em 2035, aproximadamente). De seguida, foi a vez do Professor Luís Veiga Martins, da Nova School of Business and Economics, que apresentou diferentes cenários de transição energética para a construção, um setor que, como referiu, será fundamental para enfrentar os grandes desafios da humanidade, como o crescimento da população mundial, as alterações climáticas e a necessidade de produzir mais, mas de forma sustentável. Não se deve esquecer, como lembrou o Professor Veiga, que a construção é responsável por 34% do consumo de energia, 31% das emissões de carbono relacionadas com a energia e 50% dos recursos consumidos. Durante a sua apresentação, deu também especial ênfase à relevância da Lei Europeia das Matérias-Primas Críticas, recentemente aprovada, no Vista geral do salão onde se realizou a convenção. Pranav Jaswani, da IDTechEx.

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