18 ALUGUER objetivo da UE de reduzir a dependência externa no fornecimento de materiais essenciais para a transição energética ou para a digitalização. O segundo bloco terminou com outro painel, desta vez centrado na forma como as empresas de aluguer e os OEM podem acelerar a transição energética, com Klavs Otisons (Grupo Boels), Michel Denis (Manitou), Stefan Pfetsch (Wacker Neuson) e Paul Bramhall (Briggs & Stratton). Durante as diferentes intervenções, foi destacado como os renters (proprietários de frotas cada vez maiores) e os fabricantes têm de andar de mãos dadas neste processo de transição energética, sendo a chave para tal o estabelecimento de processos de normalização para otimizar processos e custos. Foi também destacada a evolução da eletrificação na última década, com frotas em que estas versões já representam mais de 80% do total, com os fabricantes a conseguirem reduções de custos cada vez maiores, quer em termos de vendas, quer ao longo do ciclo de vida dos equipamentos. Ainda assim, é cedo para prever o fim do gasóleo, uma vez que estão a ser desenvolvidos motores de combustão interna e combustíveis cada vez mais amigos do ambiente. Naturalmente, será difícil prever a sua eliminação progressiva até 2035, como foi estabelecido para a indústria automóvel. Além disso, foi sublinhada a importância dos incentivos para apoiar a transição energética (poucos países na Europa estão atualmente a implementá-los para as máquinas de construção) e a satisfação demonstrada pelas empresas de aluguer e pelos clientes que já utilizaram equipamentos elétricos. Após a Assembleia Geral, aberta apenas aos membros da ERA, e a gala dos Prémios Europeus de Aluguer, o primeiro dia do evento chegou ao fim. TENDÊNCIAS DO MERCADO O segundo dia da convenção começou com uma conferência sobre as tendências do mercado, proferida por Martin Seban, da KPMG. Esta prestigiada empresa de consultoria internacional estima que o PIB da zona euro continuará a registar um crescimento muito modesto nos próximos anos (1,3% em 2024 e 1,6% em 2025), impulsionado pelos fundos Next Generation e pelas políticas de taxas de juro do Banco Central. No caso da construção, após a queda de 1,7% na Zona Euro em 2023, estima-se uma nova descida da atividade para este ano (-2,1%), antes de regressar ao crescimento em 2025 (+1,5%). A má situação do setor residencial (49% de toda a atividade de construção na UE em 2022) não é compensada pela melhoria observada no domínio das infraestruturas, especialmente no domínio da energia. Neste contexto, a KPMG prevê um abrandamento da atividade de arrendamento após os dois anos Professor Luís Veiga Martins, da Nova School of Business and Economics. Membros do segundo painel. Da esquerda para a direita: Klavs Otisons (Grupo Boels), Michel Denis (Manitou), Stefan Pfetsch (Wacker Neuson) e Paul Bramhall (Briggs & Stratton).
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