BP10 - Interplast
23 SUSTENTABILIDADE O CO 2 enquanto matéria- -prima para plásticos e outros produtos O dióxido de carbono é um dos principais impulsionadores das alterações climáticas. Investigadores do instituto Fraunhofer encontraram uma possível solução para minimizar o problema: estão a utilizar estes gases de efeito de estufa como matéria- prima para produzir plásticos. Para tal, começam por produzir metanol e ácido fórmico a partir do CO 2 . Posteriormente, estes materiais são convertidos, através de microrganismos, em blocos de construção para polímeros (e outros produtos semelhantes). Sempre que queimamos matéria- -prima de origem fóssil, libertamos CO 2 para a atmosfera. A concentra- ção deste gás na atmosfera da Terra já alcançou cerca de 400 partes por milhão (ppm), o equivalente a 0,04%. Em comparação, até meados do séc. XIX, este valor encontrava-se ainda em redor das 280 ppm. O crescente nível de dióxido de carbono tem um impacto significativo sobre o clima. Desde o dia 1 de janeiro de 2021, as emissões de CO 2 com origemna com- bustão de combustíveis fósseis estão sujeitas à fixação do preço do carbono, o que significa que as empresas com atividade industrial têmde pagar pelas suas emissões. Em resultado, muitas procuram soluções alternativas. De que forma podem ser reduzidos os custos associados à fixação do preço das emis- sões de CO 2 ? De que forma podem ser reduzidas as emissões de CO 2 através de processos biointeligentes? CATÁLISE E BIOTECNOLOGIA, UMA COMBINAÇÃO VENCEDORA No Instituto Fraunhofer de Engenharia de Interfaces e Biotecnologia IGB, os investigadores estão a desenvolver res- postas a estas questões através dos projetos Evobio e ShaPID. Ambos estão a ser trabalhados emcolaboração com vários Institutos Fraunhofer. “Utilizamos o CO 2 como matéria-prima”, afirma o Dr. Jonathan Fabarius, cientista sénior de biocatalisadores no Fraunhofer IGB. “Estamos a seguir duas abordagens: Em primeiro lugar, utilizamos o processo de catálise química heterogénea, através do qual, comumcatalisador, converte- mos CO 2 emmetanol. Numa segunda fase, utilizamos a eletroquímica para produzir ácido fórmico a partir de CO 2 ”. Microfotografia de luz das células da bactéria gram-negativa Methylorubrum extorquens AM1. Foto: Fraunhofer IGB.
RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx