BP9 - InterPLAST

21 SUSTENTABILIDADE Laure Baillargeon, Policy Officer for Circular Plastics, Green and Circular Economy Unit da DG GROW, contextualizou a Diretiva SUP. A gravação do evento está dis- ponível no website da ASWP, em www.smartwasteportugal.com clado é algo que já acontece há vários anos em algumas das suas marcas. Deu como exemplo a embalagem de 6 litros de água Serra da Estrela que já incorpora reciclado e que, a partir deste ano, vai passar a ser 100% rPET. Em relação às metas ambiciosas esta- belecidas pela UE para a retoma de embalagens, “a Sumol+Compal está a colaborar ativamente no sistema de depósito-reembolso de garrafas PET”. CONTEXTUALIZAÇÃO DA DIRETIVA Convidada a participar por via remota, Laure Baillargeon, Policy Officer for Circular Plastics, Green and Circular Economy Unit da DG GROW, recor- dou que a Diretiva SUP nasceu em junho de 2019, no âmbito da European Plastics Strategy. Em março de 2020 a UE aprofun- dou esta política e definiu o Plano de Ação para a Economia Circular, que prevê a obrigatoriedade de inte- gração de reciclado em determinados produtos, medidas obrigatórias para a redução de resíduos, regras aperta- das para a emissão de microplásticos e a definição de normas relativas aos bioplásticos. Além disso, define como objetivo latente aumentar os esforços da UE em alcançar um acordo global para os plásticos. Em abril de 2021, a UE atualizou a definição de ‘atividades sustentáveis’, segundo a qual a produção de plás- ticos só é considerada relevante na mitigação das alterações climáticas quando usa plástico reciclado ou de base biológica. Mais recentemente, em maio deste ano, a Comissão Europeia definiu a transição verde como o fator chave para a reindustrialização da Europa. É esperado que esta orien- tação se traduza em incentivos para a indústria de plásticos, de forma a que as empresas do setor possam, por exemplo, aumentar a incorporação de reciclado e a reciclabilidade dos seus produtos, incrementando assim o mercado de materiais reciclados. AS OPORTUNIDADES DA REINDUSTRIALIZAÇÃO No início da conferência, Aires Pereira, presidente da direção da Associação Smart Waste Portugal, afirmou que a iniciativa teve como principais objeti- vos trazer o tema da economia circular para a ordemdo dia emostrar como os agentes económicos, nomeadamente a indústria, podem transformar os seus modelos de negócio, continuando a potenciar o sucesso das próprias empresas. No primeiro painel, inteiramente dedi- cado ao tema ‘reindustrialização para a circularidade’, participaram André de Albuquerque, administrador da Bondalti, Ângelo Ramalho, CEO da EFACEC, e António Eusébio, presi- dente do conselho de administração da Sumol+Compal. A eurodeputada Maria da Graça Carvalho, numa mensagem gravada para o evento, lembrou que existe financiamento disponível para a trans- formação da indústria, através do Plano de Recuperação e Resiliência, mas tam- bém dos fundos europeus, como é o caso do Programa-Quadro de Ciência e Inovação, o Horizonte Europa. Neste, a eurodeputada destaca as parcerias público-privadas, “muito importantes para incentivar a cooperação entre a indústria e as universidades ou os cen- tros de investigação, e que ajudarão a indústria a enfrentar os diversos desafios, incluindo o da economia circular”. No total o Horizonte Europa temumorça- mento de 95,5 mil milhões de euros. João Torres, secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, encerrou a sessão lembrando que, “no que respeita à eco- nomia circular, há aindamuito por fazer.” Mas, assegura que “a transição verde é uma grande oportunidade para o País”, já que pode ajudar a florescer diversas fileiras de serviços, como os relaciona- dos com o ecodesign, transversais aos mais variados setores à economia cir- cular. O governante sublinhou ainda o papel fundamental das empresas na transição verde, bem como a necessi- dade de colaboração entre os vários atores para criar previsibilidade às PME na sua adaptação circular. n

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